Lábios
De beijos roubados e mortos que escorregam pelo seu rosto.
Lágrimas que banham sua boca macia e quente
Fria como gelo que não derrete.
Num quadro amargo e colorido, belo e imprevisível.
Que dores que derramam, gotas acumuladas no coração
Caída, tantas vezes se levantou.
Mas agora chorar não leva para nenhum céu.
Pintada como aquarela infantil.
Tantas vezes você olhou para as mãos molhadas de secar
As marcas que causavam dor.
Tantas tardes você esperou que alguém viesse
Te abraçar e te dizer que tudo acabou e te beijasse.
Quantas noites você sonhou que tudo era perfeito?
Até quando o pesadelo te dava sede e
Você acordava suada sem ninguém para te saciar
Só as luzes das casas e as estrelas do céu piscavam para ti.
Dormi ou acordar,
nos teus lábios ouço murmúrios de uma nova canção
Meu peito arde e canta.
Teus lábios pintados parecendo um vulcão incandescente,
Indecente são meus olhos quando te olho.
Desejo, loucura, paixão?
Algo mais perto do principio entre o fútil e a tentação, entre o amor e a paixão.
Caminhando solitário, no céu voando, pássaros.
Esquecer faz parte da razão.
Nos teus lábios vejo pequenos brilhos de solidão.
Como em teus olhos, porém mais belos e menos distantes.
Em teus lábios vejo dor.
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