sábado, 13 de janeiro de 2018
Movimento Perpetuo Dos Corpos
Tendo na noite, a presença fria da lua.
Os uivos serão sempre obra da minha mente
Meus sentidos filtram toda a interferência
Para alcançar você
Enquanto penetro nesta densa sensação
Gotas e mais gotas escorrem pelos teus seios,
Alcançando a barriga e por fim mergulham no umbigo.
O ar impregnado de ti sou eu.
E ao Rhedor as flores nascem, crescem e voltam a terra.
Numa velocidade perceptível aos nossos olhos.
Colados como as raízes numa floresta,
Somos tocados pela luz do sol,
No impossível intervalo entre por e o nascer do dia.
Mas que ser vivo na face da Terra tem o dom de me entender
Mas que ser divino tem o direito de nos julgar.
Tirando do mar o sal, desaparece o oceano tal como o conhecemos.
Tirando da minha boca teus lábios, tudo fica inexplicável.
Passo o nariz na perna,
enquanto minhas mãos não resistem e percorre a cintura, alcançando seus seios.
Tudo estremece em poucos segundos.
As pétalas espalhadas pelo chão sustentam nossos corpos.
E nesta macia sensação, cada gemido acompanha um suspiro
Nesta ondulação de suaves e delicados movimentos
seus lábios entreabrem sem uma constância concreta.
Numa dualidade análoga a muitas ocasiões do quotidiano.
Nossos corpos transformam se e se fundem e voltam a se entrelaçar.
Perdidos num turbilhão,
criando em cada pedacinho do nosso ser uma expansão de Luz.
Que sempre recomeça quando termina.
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