AO RHEDOR DO CASTELO

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Sétima

Sim, felicidade, eu lembro bem deste estado solido onde eu podia tocar, e ao mesmo tempo desaparecia, nao como areia deslizando entre meus dedos, nao como uma lua por detras de mais uma nuvem passageira. Mas sim como algo que deixa toda a ciencia vasculhando calculos fisicos e quimicos, e toda a religiao colocando toda a culpa deste belo acontecimento em mãos divinas.
Sim, felicidade, eu lembro bem de tocar seu rosto, ainda molhado em lagrimas, e ver uma luz que estranhamente preenchia o meu interior, vindo de teus olhos. Vejo em teus olhos mais dos que estes dois intrigantes pontos negros, como se mil estrelas e cometas corressem a uma velocidade tao grande que gerassem esta luz. Hipnotizando tudo o que sou.
Sim, felicidade, eu nao me esqueço de tocar sorrisos, como quem seguara uma xavena de chá em tempo de clima frio! Quentes palavras que de forma tão tranquila e suave saem da tua boca, derretendo aquela velha armadura que me vestia e me protegia de lanças e espadas. Sim, um fraco cavaleiro rendido pela euforia??? Então se simples memoria em meu ser de seu ser, me faz ser um ser mais feliz, teoricamente sou um sol onde ao meu redor gravita felicidade.

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