Deixei cair meus medos, no fundo da solidão.
Das lágrimas que banharam todos os sons que escapavam de meus lábios,
fiz um mar de meditação.
Murmúrios, palavras, gritos e sussurro, e ate que num expirar vindo intenso de um pulmão.
Aceitei aquilo que sou, tendo tudo aquilo que tenho em minhas mãos marcadas.
Então uma luz surgiu em meu olhar, vindo de um vulcão há muito adormecido em mim.
Não te peço para queimar, nem desaparecer de mim.....
Sentindo o calor intenso pulsar, enchendo de cor todo o meu ser!
Tenho um luz em meu sorriso, sem ao menos me esforçar,
Tenho razões para tudo o que eu sinto, aprisionado em meu olhar!
Acordei, depois de dias entre sonhos e pesadelos!
Por onde corri, voei e caí, nem eu mesma consigo contabilizar.... As marca!
Sonolenta, levanto enquanto na face as riscas desenhadas dos cabelos ainda agarrados ao calor!
Duas janelas entre abertas, a luz ténue da manha, sempre me deixa mais preguiçosa do que sou, ou era?
Ontem a noite todas as estrelas do céu sorriram para mim, talvez por causa do vinho, talvez pela felicidade!
O peito sempre encontra razão para dizer que sim, mesmo quando temos a certeza de uma resposta negativa, mesmo sabendo que falta pouco para o raiar do dia!
Na noite de ontem duas janelas se abriram, depois de deixar palavras, murmúrios e lágrimas.
Para lá da escuridão!
Segui, como quem dá dois passos de cada vez, o meu ser, ao lado do rio!
Gémea de mim mesma, numa corrente quase continua que não me deixava afastar essa parte de mim.
Então saltei como parte do ar e voei, numa loucura que só em sonhos podemos ter!
Poderemos ser!
Então seremos eu! Sempre a mesma em mim, numa busca incansável de viver!
Bastando tocar cada pétala de rosa no jardim, terei toda a paz para me trazer á mim!
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