Vazias estão as garrafas, em cacos.
Mais uma porta sem cor nem decoração.
Nos cantos cheios de solidão a paz e o desespero convivem como dois otimos amigos.
Não passamos disso.
Apesar do tempo correr veloz e nossas vozes ecoarem dentro de nossas proprias mentes, ninguem precisa nos ouvir.
No tecto, a madeira podre ainda suportam algumas estrelas, pendentes num fio fino de esperanças, enquanto em cacos sob meus pes algumas ainda estalam.
Da janela avisto o nevoeiro, nem céu, nem horizonte. Faltam poucos centimetros para o salto. De outra arvore não se sentem nem pressão nem preocupação naquela andorinha.
Um frio indiferente percorre minha espinha, algo que se torna impossivel de se ver.
E mesmo que fosse sólido você não conseguiria entender.